Remixes Musicais: A revolução das MTGs na cena nacional de Streaming
Descubra como as Montagens Transformam Clássicos da Música Brasileira e Internacional, Desafiando Normas e Legalidades

Nos últimos tempos, a sigla MTG, que significa “montagem”, ganhou destaque nas paradas de streaming nacional. Originárias dos DJs da cena de funk e música eletrônica de Belo Horizonte, as MTGs são remixes ou versões de músicas populares, frequentemente de ícones da MPB como Caetano Veloso e Seu Jorge, e até artistas internacionais como Billie Eilish.
Com ritmo mais tranquilo, as MTGs têm conquistado os jovens, que redescobrem clássicos com uma nova roupagem moderna. Na Deezer, por exemplo, a montagem de “Chihiro” de Billie Eilish ocupa o segundo lugar no Brasil, seguida por “Quem Não Quer Sou Eu” de Seu Jorge, remixada por DJ Topo, MC Leozin e MC G15. Outras faixas como “Cabide” de Mart’nália e “Morena Tropicana” de Alceu Valença também estão na lista.Apesar de resgatar músicas do passado, como “Evidências” e “Sinônimos” de Chitãozinho & Xororó, as MTGs enfrentam controvérsias legais.
Por ser um movimento espontâneo, os DJs lançam suas montagens discretamente em plataformas como SoundCloud ou YouTube, onde é mais difícil remover por violação de direitos autorais, antes de buscar autorização dos músicos originais. Isso resulta em popularidade viral, mas sem compensação financeira para os envolvidos: nem os DJs nem os compositores originais.
O fenômeno tem levantado preocupações na indústria musical. Enquanto algumas montagens, como a de “Quem Não Quer Sou Eu”, são aprovadas após negociações com distribuidoras digitais como a MusicPro, outras circulam ilegalmente quando os artistas não autorizam ou há demoras burocráticas das grandes gravadoras em responder aos pedidos.
Distribuidoras como OneRPM e gravadoras menores como a Trama têm mostrado apoio ao movimento, enquanto figuras como João Marcello Bôscoli da Trama argumentam contra proibições, considerando a prática uma forma de revitalizar o catálogo musical.