Maduro Vence eleições na Venezuela, mas enfrenta isolamento internacional

Apesar da vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, no último domingo (28/7), líderes internacionais sugerem que ele pode enfrentar ainda mais isolamento do que nos mandatos anteriores.Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar que Maduro venceu o candidato da oposição, Edmundo González, a eleição foi imediatamente contestada.
Líderes de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Alemanha, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, Itália, Panamá, Peru, Reino Unido, Uruguai, Equador, Guatemala, El Salvador, e a União Europeia repudiaram o resultado e pediram uma apuração transparente dos votos.
Em resposta às críticas, Maduro exigiu que diplomatas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai deixassem o país imediatamente.Antes da eleição, Maduro já havia atacado governos latino-americanos, inclusive o Brasil, criticando seu sistema eleitoral sem apresentar provas.
Ele até sugeriu que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse “chá de camomila” após Lula se mostrar preocupado com uma declaração de Maduro sobre um “banho de sangue” caso não vencesse.Mesmo com ataques, o governo brasileiro manteve neutralidade, afirmando que acompanharia o processo de apuração sem contestar ou parabenizar a vitória.Apesar da rejeição de parte da comunidade internacional, alguns governos reconheceram a vitória de Maduro.
A Rússia felicitou Maduro e expressou confiança na continuidade das relações russo-venezuelanas. A China também manifestou disposição para enriquecer a parceria estratégica com a Venezuela. Outros países como Bolívia, Cuba, Honduras, Irã, Nicarágua, Guiné-Bissau e Sérvia também reconheceram o triunfo de Maduro.