Gelo nas asas do avião pode ter contribuído para tragédia em Vinhedo, diz Voepass

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O CEO da Voepass, Eduardo Busch, e o diretor de operações, Marcel Moura, concederam uma coletiva de imprensa em Ribeirão Preto nesta sexta-feira, 9 de agosto, para tratar do trágico acidente aéreo em Vinhedo, que resultou na morte de 61 pessoas. O turboélice ATR 72-500, matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z-2283 de Cascavel (PR) para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Uma falha no sistema anti congelamento do avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, é uma das principais hipóteses para o acidente que provocou a morte de 61 pessoas. O problema teria provocado um acúmulo de gelo na aeronave, que fez com que ela começasse a girar “em parafuso chato”, condição chamada de estol, até colidir com o solo.

Todos os 57 passageiros e 4 tripulantes a bordo faleceram. Busch mencionou que a aeronave era suscetível a formações de gelo nas asas e na fuselagem, especialmente em condições climáticas com aproximação de uma frente fria. No entanto, ele ressaltou que esta é uma hipótese que precisa ser investigada mais a fundo.

Foto mostra local da queda em Vinhedo

Marcel Moura confirmou que o avião havia passado por manutenção de rotina e estava em condição “100% operacional”. A companhia informou que o mesmo avião havia realizado dois voos na manhã do acidente, sem incidentes.

O primeiro voo saiu de Ribeirão Preto para São Paulo, e o segundo de São Paulo para Cascavel, antes do voo fatal para Guarulhos. Moura também confirmou que, após o acidente, dois tripulantes programados para outro voo em Ribeirão Preto optaram por não embarcar, sendo permitidos a não voar caso não se sentissem confortáveis.

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