Equador volta a impor emergência em sete das 24 províncias do país

O presidente do Equador, Daniel Noboa, estabeleceu então estado de emergência, em vigor pelos 90 dias permitidos por lei, e declarou o país em “conflito armado interno”.

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O Equador reimplementou o estado de emergência em sete das 24 províncias devido ao aumento da violência nas últimas semanas, uma medida que já havia sido adotada em janeiro. A Presidência equatoriana anunciou na quarta-feira (22) que o estado de emergência permitirá a presença do Exército nas ruas por 60 dias em várias províncias costeiras e amazônicas, bem como em uma região andina.

O decreto foi emitido devido ao “aumento da violência sistemática perpetrada por grupos violentos organizados, organizações terroristas e indivíduos beligerantes não estatais” nessas áreas.

Em janeiro, a fuga do líder de um grupo do crime organizado de uma prisão de segurança máxima provocou manifestações violentas ligadas ao tráfico de drogas, resultando em motins nas prisões, ataques à imprensa, ataques a bomba e cerca de 20 mortes.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou o estado de emergência naquela ocasião e afirmou que o país estava em “conflito armado interno”. O Exército recebeu ordens para neutralizar cerca de 20 grupos criminosos ligados à máfia da Albânia e aos cartéis do México e da Colômbia, descritos como terroristas.

Equador volta a impor emergência em sete das 24 províncias do país

Noboa destacou que a guerra contra a droga e o crime organizado se intensificou em uma “segunda fase” e afirmou que as sete províncias agora em estado de emergência são as mais afetadas.

No entanto, horas antes do anúncio, a organização Human Rights Watch denunciou que as forças de segurança do Equador cometeram “graves violações” dos direitos humanos na luta contra as gangues armadas, incluindo possível “execução extrajudicial” e “detenções arbitrárias e maus-tratos”.

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