Tadeu Schmidt, pai de jovem queer, fala sobre fim do preconceito em live no instagram

Apresentador do BBB compartilha reflexões sobre aceitação e futuro da sociedade

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Tadeu Schmidt acredita que estamos caminhando para uma sociedade sem preconceito, embora não espere vivenciar esse momento. O apresentador do Big Brother Brasil, pai de Valentina, que se declarou queer há dois anos, expressou suas esperanças e frustrações em uma live no Instagram.

“Não tenho a pretensão de ver esse futuro, mas imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar ‘meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê?’”, questionou.

Schmidt destacou a importância da aceitação e da compreensão, especialmente para pais de filhos queer. “Para os pais que estão passando por esse momento de descoberta: não tem nada de errado. Não tem por que se preocupar ou criticar. A orientação sexual da pessoa diz respeito a ela”, frisou.

Ele criticou atitudes preconceituosas e defendeu que o erro verdadeiro reside na desonestidade e na traição, não na identidade ou orientação sexual de alguém.O apresentador de 49 anos também refletiu sobre sua própria evolução, lembrando como cresceu em uma sociedade homofóbica e como tem aprendido com seus erros, inclusive com a ajuda de suas filhas.

“Se vejo um stand-up e tem uma piada falando de homem e mulher, eu mando no grupo da família ‘vocês acham que é machismo?’, e elas falam ‘é machismo’. Aprendo com elas que não é só uma brincadeira”, contou.Tadeu criticou a cultura do cancelamento e defendeu a necessidade de orientação em vez de punição para quem comete deslizes.

“Quem desliza no uso de uma palavra não merece ser espancado, mas ser orientado, como eu fui orientado pelo meu colega”, afirmou. Ele enfatizou a importância de continuar a luta contra o preconceito de maneira amigável, ajudando a corrigir atitudes discriminatórias entre amigos e conhecidos.

Para Schmidt, a luta pelos direitos das minorias deve persistir, mesmo que às vezes seja necessário usar métodos mais contundentes. “Às vezes, na luta pelos direitos das minorias, vai ser uma dose forte demais, outras, menos forte, mas tem que continuar porque tá dando efeito. E é isso que tá fazendo o ser humano ser cada vez menos preconceituoso”, concluiu.

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