EUA instalam porto temporário para ajuda humanitária em Gaza

Operação humanitária de entrega da ajuda proveniente do porto temporário será de responsabilidade da ONU

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As Forças Armadas dos EUA anunciaram, nesta quinta-feira, que ancoraram o cais flutuante prometido à população da Faixa de Gaza. Esta operação é um passo inicial para criar um novo corredor de ajuda humanitária, visando aliviar a fome e a escassez de medicamentos e combustível no território, apesar do Pentágono reconhecer que não será suficiente para resolver a crise causada pela guerra entre Hamas e Israel.

O cais, que custou cerca de US$ 320 milhões, foi fixado na praia de Gaza às 7h40 (1h40 em Brasília). A ajuda humanitária, que será distribuída pela ONU, começará com cerca de 500 toneladas de insumos entrando no território palestino nos próximos dias.

O vice-almirante Brad Cooper afirmou que a quantidade de insumos é substancial e está sendo transportada por vários navios.

Soldados israelenses preparam terreno em Gaza para ancoragem de cais flutuante

O presidente Joe Biden havia anunciado a construção do cais em março para enfrentar a crise humanitária.A ONU considera que a maneira mais eficaz de aliviar a crise seria a abertura de novas passagens terrestres, mas o cais flutuante é uma alternativa às restrições de acesso impostas por Israel.

Recentemente, a entrada de comboios foi interrompida nas passagens de Rafah e Kerem Shalom devido à ofensiva israelense.O cais funcionará inicialmente com a entrega de 90 caminhões de ajuda por dia, aumentando para 150 caminhões.

Terreno em Gaza foi preparado por soldados israelenses; militares americanos não entrarão no território — Foto: Forças Armadas de Israel via AFP

A operação e a distribuição dos insumos em Gaza serão coordenadas pela ONU. Nos próximos dias, os militares dos EUA planejam enviar de três a cinco caminhões como teste do processo estabelecido.

O general Charles Q. Brown informou que serão necessárias mais 24 horas para configurar tudo e que medidas de proteção foram implementadas. A ajuda é escaneada e revistada em Chipre antes de ser enviada para Gaza.

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